segunda-feira, 14 de junho de 2010

***Carta à Paixão

Esse é um daqueles textos que nunca deveria ser escrito. Muito menos publicado.

Mas eu sou assim. Falo, penso, escrevo, tudo o que não pode. E principalmente sinto.



Sinto você aqui. Sinto seu perfume, sua voz, seu gosto, seu toque. Sinto o meu gostar, de você.

Não me pergunte como esse gostar aconteceu. E nem me peça pra não gostar. Algumas coisas não se pode explicar ou impedir.

Esse gostar teimoso, é uma dessas coisas. Esse gostar de leve; gostar novo; gostar estranho; gostar sem motivo.

Desculpa. Eu também não queria esse gostar teimoso e mimado, esse gostar não retribuído. Mas não gostar de você é como não gostar de sorvete; é impossível.

Juro que foi sem querer.

E mais sem querer ainda te fiz escorrer entre meus dedos, como um grão de areia que não se prende ou um gelo que derrete de leve ao menor calor.

Melhor assim. Eu nada te ensinaria. Melhor é deixar esse gelo derreter e escorrer; e enquanto isso, ele queima a minha mão, deixando ali a sua marca, a sua saudade.

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