terça-feira, 15 de junho de 2010

Adeus precoce

Não é difícil te ver indo embora. A cada dia que passa vejo você mais longe. É como se vc já estivesse de costas, e a cada dia desse um passo pra frente, ficando mais distante de mim.


Digo coisas que te fazem dar esses passos. Digo coisas que nem sei dizer. Digo coisa que não quero. Mas essas coisas saem como borboletas voando no tempo, sem controle ou senso de direção.

Nada do que digo tem a intenção de te ferir. Ou talvez tenha. E quem realmente não tenha essa intenção sou eu.

Te vejo de costas, indo embora e não consigo evitar isso. Não consigo correr atrás e pedir para você parar de dar esses passos distantes. Mesmo sabendo que se eu pedisse vc pararia. Não consigo sequer respirar no momento em q vc dá mais um passo para longe de mim.

Não tenho controle do que digo e nem sei o porque digo mas simplesmente preciso dizer. Sei q dói em você. Pq se dói em você dói duas vezes em mim. Pq vc é parte de mim. Vc é eu. Você é meu eu carinhoso, exigente, meloso. Meu eu infinito. Em vc eu nunca acabo.

Mas vc é meu eu que esta indo embora. “Mea culpa” eu sei. E por isso talvez não consiga te impedir. Não consiga sequer pedir. Pedir pra ficar. Pedir pra tentar. Pedir um beijo. Pedir um olhar.

Como impedir você de ir. Se eu sei que é o melhor pra você. Como não ajudar você a ir, se eu sei que é o melhor pra você. Meu eu egoísta não pode se sobrepor ao meu eu infinito. Pq seria o mais puro egoísmo te pedir pra volta.Então você dá um passo. Eu seguro a respiração. Rezo. Uma lagrima escorre. Mas eu não consigo dar um passo na tua direção e te pedir o obvio. E por eu não conseguir pedir o obvio você se sente traído e ferido. E da outro passo. E o ciclo recomeça.





***Texto antigo... beeem antigo!

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